“Ao Trono de Salomão somente poderão estar assentados o V.: M.: e, quando for o caso, a mais Alta Autoridade Maçónica do Simbolismo presente na sessão, à direita do V.: M.: . O ex-Venerável não mais ocupa lugar no Trono de Salomão à esquerda do V.: M.: . Quando da Circ.: do Tronc.: de Benef.: e da Bolsa de Prop.: e IInf.:, o Ir.: M.: de CCer.: e o Ir.: Hosp.: deverá (sic) colher a Pr.: e o Óbolo de todos que estiverem assentados ao Trono de Salomão”.
Peço vénia, apesar do respeito pelos autores, para discordar, veementemente. do texto, antes que ele influencie maçons novos e inexperientes:
Trono de Salomão só existe na cerimónia de Instalação de Veneráveis, a qual é encenada como tendo sido realizada no palácio de Salomão, onde existia, realmente, o Trono ; no templo não havia esse Trono. O assento que se encontra no Oriente, sob o dossel, no REAA, é, simplesmente, o Trono, e mais nada. Não é de Salomão e nem do Venerável.
Outra coisa: Trono é uma só cadeira. Como é que podem estar sentados no Trono (e não ao Trono), ao Altar, o Venerável e a mais alta autoridade do Simbolismo? Ocupam a mesma cadeira? E. se o ex-Venerável ainda ali tivesse assento, seriam três no mesmo lugar? Da mesma maneira, como podem, o Mestre de Cerimónias e o Hospitaleiro colher pranchas e óbolos de todos que estiverem assentados ao Trono “de Salomão”, se o Trono é um lugar único?
O correto é dizer que, sentados ao Altar, ficam, o Venerável, no Trono, e a mais alta autoridade do Simbolismo, num lugar á direita do Venerável, o qual é exclusivo. Essa, inclusive, foi uma concessão do novo ritual do Grande Oriente do Brasil à vaidade de alguns maçons “notoriedades”, porque, na realidade, esse lugar é privativo do Grão-Mestre, ou de seu Adjunto (Deputado Grão-Mestre), em qualquer lugar em que a Maçonaria seja praticada seriamente e não para servir a pavões. O ritual original, feito pela Grande Secretaria Geral de Orientação Ritualística, preconizava isso, mas, depois de tantas “luminares” mexerem nele, inclusive um Grão-Mestre estadual, que é do Rito Moderno, deu no que deu: ele continua deturpado, porque mexer todo mundo quer mexer, mas mexer com base, com pesquisa e com autoridade, poucos fazem e poucos podem fazer.