Para ser melhor cidadão, praticar a fraternidade, trabalhar sobre si mesmo, buscar a tolerância e a sabedoria.
A fraternidade: A fraternidade é o fundamento da maçonaria. Ela faz florescer a partilha do vivido da experiência de cada um para que daí brotem quer ideias filosóficas, pensamento conceptual elaborado, quer ações humanitárias a que todos se podem juntar. No contacto com os outros as nossas convicções refinam-se e fazem-nos descobrir novos domínios da ação e do pensamento. A liberdade de expressão resulta do regramento do pensar segundo normas tradicionais precisas.
Trabalho sobre si mesmo: é o fruto do exercício do livre pensamento acompanhado, ou não, do uso/recurso aos símbolos (tal como o esquadro, compasso e a régua). A reflexão através dos símbolos permite conhecer, e compreender, o pensamento tradicional. Os símbolos são a fonte de ligação do visível e do invisível. A loja, seus elementos simbólicos, os seus membros, inspiram-nos a que nos revejamos neles. Ver as nossas falhas, tentar corrigi-las, permite
aceitar melhor os defeitos dos outros sendo esse o objetivo da tolerância.
A tolerância: é mais do que um conceito, é uma ação deliberada que ultrapassa a espontaneidade. É uma prática que se opõe à intolerância, ao fanatismo, à recusa de nos colocarmos no lugar do outro. Ser tolerante é admitir todas as maneiras de pensar e agir diferentes da nossa (desde que tal não se transforme numa aceitação da intolerância de outrem). A reflexão sobre a fronteira da tolerância é uma necessidade da via maçónica.
O Conhecimento: O “trabalho” sobre si mesmo, a reconstrução de si próprio, o refundar do sujeito em bases de maior solidez com vista a uma vida/existência de/com sentido; a meditação sobre os símbolos; a prática correta do rito cria a condição de emergência do conhecimento. O conhecimento tem uma essência metafísica, é uma perceção imediata de verdades transcendentes. É esotérico, vem do “interior” não devendo ser confundido com saber intelectual, muitas vezes livresco… É sabedoria…
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